O Senado vai analisar projeto de lei que flexibiliza regras para que produtores rurais possam aderir à regularização ambiental de suas terras e, ao mesmo tempo, continuem produzindo sem embargos legais.
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Atividade econômica
O projeto flexibiliza o Código Florestal (
“Por motivo de preservar o esforço de trabalho integral dos produtores rurais, ainda mantendo o meio ambiente preservado, a alteração proposta permitirá o resgate da continuidade do trabalho rural de forma sustentável, pois a manutenção da lei com a redação atual impõe enormes prejuízos ao produtor rural, à sociedade e, por consequência, ao país”, argumenta Zequinha na justificativa do projeto.
Embargo
De acordo com o projeto, o embargo produtivo será suspenso com a adesão ao PRA, podendo o produtor rural voltar ao mercado. Entretanto, se o produtor não cumprir as regras e o cronograma do programa, o embargo será reativado.
Zequinha explica também que o PRA terá como condição a apresentação periódica de relatório de cumprimento das metas e cronogramas pelo produtor. Com isso, “será possível efetivamente comprovar se o imóvel está sendo regenerado ou não, mantendo assim o embargo suspenso ou, em caso contrário, retornando ao status anterior de manutenção”.
Lentidão
Atualmente um produtor pode demorar até 20 anos para cumprir todo o Termo de Compromisso de um PRA, diz Zequinha. Uma das razões da lentidão na análise desses processos, segundo ele, é a falta de servidores especializados nas secretarias estaduais para acompanhar as regularizações.
“Devido à falta de contingente para análise dos processos, resulta a direta penalização injusta do produtor que queira seguir com a recuperação ambiental do seu imóvel. A falta de estrutura, que é obrigação indelegável do Estado, impõe ao produtor rural pena adicional e não prevista em lei, pois impede a finalização dos processos de PRA”, afirma Zequinha.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)