Vídeos publicados nas redes sociais mostram o intenso tiroteio em que um homem matou três pessoas e feriu outras nove na cidade de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O atirador, o caminhoneiro Edson Crippa, foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira. Antes disso, diversos disparos foram ouvidos enquanto policiais da Brigada Militar faziam cerco em uma casa da Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco. Os tiros começaram na noite anterior, quando agentes foram acionados para atender a uma denúncia de maus-tratos a idosos. Entre as vítimas fatais estão o pai e o irmão do atirador, além de um policial militar identificado como Everton Kirsch Júnior.
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A negociação entre agentes de segurança e o atirador começaram no final da noite desta terça-feira, e permaneceram por nove horas.
Quem são as vítimas do atirador em Novo Hamburgo?
Segundo a Polícia Civil, as vítimas fatais são o pai do atirador, Eugênio Crippa, de 74 anos, o irmão Everton Crippa, de 49 anos, e o policial militar Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. O pai e o policial morreram no local; o irmão, no hospital. O agente de segurança deixa um bebê de 45 dias, e a esposa.
Entre os feridos estão seis policiais, um guarda municipal, além da mãe e cunhada. Todas as vítimas foram encaminhadas para hospitais da região. Dois policiais, a mãe e a cunhada estão internados em estado grave.
Como aconteceu o tiroteio em Novo Hamburgo?
O suspeito teria começado a atirar ao reagir à abordagem policial durante a averiguação da denúncia de maus-tratos a um casal de idosos que, segundo relatos, era mantido em cárcere privado e impedido de sair de casa pelo filho. Edson Crippa iniciou os disparos logo após a chegada dos policiais. De acordo com testemunhas, ele foi para a frente do imóvel com uma arma de fogo e começou a atirar.
Segundo informações da Rádio Gaúcha, o caminhoneiro tem registrado sob seu nome quatro armas, sendo duas pistolas, um rifle e uma espingarda.
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— De forma inesperada e agressiva, ele aparece e começa a atirar em todas as pessoas que se encontravam naquele local, na frente da residência — afirmou o tenente-coronel Alexandro Famoso, comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar.
Antes do fim do episódio, o comandante afirmou à RBS TV que as tentativas de negociação aconteceram “a todo momento”.
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“Tentamos conversar com ele, tentamos contato telefônico através dos números que a gente conseguiu, ele não responde a nenhum contato que estamos tentando fazer com ele. A única forma de resposta é através de disparos”, diz o tenente-coronel.