Ao longo da sessão desta terça-feira (22), vários senadores prestaram homenagens ao papa Francisco, que morreu nessa segunda (21) aos 88 anos.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse ter “uma admiração grande pelo papa Francisco, especialmente pela sua posição firme em relação à defesa da vida desde a concepção, contra o aborto”. O senador Esperidião Amin (PP-SC) manifestou sua tristeza e elogiou a jornada do papa, como um promotor da paz no mundo.
Já a senadora Teresa Leitão (PT-PE) disse ter um profundo sentimento, além de saudade e agradecimento pela vida e pelos ensinamentos do papa Francisco. Segundo a senadora, o papa deixa uma lacuna grande, mas também um grande legado para quem é cristão, para quem é católico, e “também para toda a humanidade, que ele acolheu sem nenhuma distinção”.
Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ) e Jorge Kajuru (PSB-GO) também lamentaram a morte do papa. Para Kajuru, que foi seminarista, o papa Francisco teve uma trajetória marcante e deixa um legado histórico para a Igreja Católica.
— O fato é que o papa Francisco marcou o mundo. Deixou exemplos que vão se arrastar, palavras que convencem. Deixou um legado que espero seja duradouro. Abriu um caminho. Rezo para que seu sucessor possa ampliar as mudanças na Igreja Católica — concluiu Kajuru.
O senador Beto Faro (PT-PA) definiu o papa Francisco como uma das figuras mais marcantes da nossa época. Para Faro, a passagem do papa é uma perda inestimável para os católicos, para os cristãos e para a toda a humanidade.
O senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que o nome escolhido pelo papa remete ao olhar de simplicidade, humildade e coragem de São Francisco de Assis. Na visão do senador, o papa será lembrado pela defesa dos pobres e do meio ambiente e pelo combate à desigualdade e à violência.
— Francisco acolheu a todos aqueles que por muito tempo se sentiram excluídos dos muros da igreja. Francisco destruiu muros para construir pontes. Foi um incansável embaixador da paz. Seu maior legado talvez tenha sido devolver a igreja à radicalidade amorosa do evangelho — afirmou Humberto.
Segundo o senador Rogério Carvalho (PT-PE), o papa Francisco foi responsável pela reaproximação da igreja com as comunidades e com os problemas reais das pessoas. O senador, que foi líder da Pastoral Universitária na juventude, disse que o papa deixa para a humanidade um legado de solidariedade, de paz e de respeito.
— Apesar da profunda tristeza, fica para a eternidade o seu testemunho de vida — declarou Rogério.
O papa
Jorge Mario Bergoglio nasceu em 1936, em Buenos Aires, na Argentina. Ao longo de sua carreira eclesiástica, Bergoglio se dedicou a programas sociais e a projetos de ajuda aos pobres.
Foi em março de 2013 que Bergoglio se tornou o papa Francisco, nome escolhido em homenagem a São Francisco de Assis. Nos últimos meses, ele vinha enfrentando problemas respiratórios. Entre fevereiro e março, teve uma pneumonia dupla, que o fez ficar internado por 38 dias. O papa morreu nessa segunda-feira (21), devido a um AVC e por insuficiência cardíaca.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)