O Senado está analisando uma série de propostas que ampliam as possibilidades de porte de arma. Ao longo desta semana, as comissões da Casa aprovaram quatro projetos de lei que autorizam o porte para fiscais da Funai e de outros órgãos da área de meio ambiente; advogados; mulheres sob medida protetiva de urgência; e agentes de unidades socioeducativas.
Um desses projetos é o
De acordo com o projeto, o porte de armas nesses casos dependerá de comprovação de aptidão técnica e psicológica.
O PL 2.326/2022 teve origem na
O próximo passo na tramitação dessa proposta é a sua análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Advogados
Também na última terça (8), a Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou a autorização de porte de arma de fogo aos advogados para defesa pessoal (
— A previsão do porte de arma de fogo para advogados, além de assegurar um eficiente meio para a proteção pessoal deles, equipara-os aos membros do Judiciário e do Ministério Público, categorias que já possuem essa prerrogativa — afirmou Alessandro Vieira.
Mulheres
Outro projeto de lei autoriza o porte temporário de arma para mulheres, a partir de 18 anos, sob medida protetiva de urgência (
Essa matéria foi aprovada na Comissão de Direitos Humanos (CDH) na última quarta-feira (9) e encaminhada para a análise da Comissão de Segurança Pública (CSP).
O relator do projeto na CDH, senador Magno Malta (PL-ES), aponta o aumento do número de feminicídios, citando dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024. Segundo esse levantamento, no ano de 2023 foram concedidas mais de 540 mil medidas protetivas de urgência e foram registradas mais de 848 mil chamadas ao Disque 190 da Polícia Militar relacionadas à violência doméstica.
Em seu parecer, Malta ressalta que, apesar do apelo por socorro, 1.448 mulheres foram mortas em 2023 e outras 1.459 em 2024, todas vítimas de feminicídio — uma média de aproximadamente quatro mulheres por dia.
Unidades socioeducativas
A CDH aprovou na última quarta (9) o projeto de decreto legislativo que retoma a autorização para porte e uso de armas em unidades socioeducativas (
A proposta é da presidente da CDH, senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e teve como relator o senador Eduardo Girão (Novo-CE). Agora, o projeto segue para a CCJ.
Mortes
De acordo com o
O Atlas da Violência é um trabalho de pesquisa divulgado anualmente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)