O povo lidera soluções para não deixar ninguém para trás — Agência Gov

O povo lidera soluções para não deixar ninguém para trás — Agência Gov

Notícia

O documento final do G20 Social marca o início de uma nova era de participação popular nas decisões do bloco. E as cidades são ponto de partida para se combater a crise climática e as desigualdades

“É fundamental que este encontro ocorra às vésperas da Cúpula de Líderes do G20. Há milênios, os assentamentos urbanos atraem as esperanças de milhões de pessoas. Seus mercados e comércios são pontos de contato entre sociedades muitas vezes distantes. De suas universidades e bibliotecas, vieram grandes inovações. Em suas ruas e suas praças, ideias se tornam realidade.” Assim o presidente Luiz Inácio Lula da Silva descreveu a importância das cidades como ponto de partida para se movimentar as mudanças de que o planeta precisa para se tornar mais justo e sustentável.

As cidades, por exemplo, são o local de onde devem partir iniciativas concretas para enfrentar as mudanças climáticas e seus efeitos sobre as vidas das pessoas. São também um ambiente propício para se executarem políticas públicas de combate à pobreza, de ampliação do acesso à saúde e à educação. Dá-se nas cidades o primeiro contato entre o Estado e a vida das pessoas. Desse modo. A presença de Lula, representando a presidência brasileira no G20 em suas últimas semanas, na sessão de abertura do Urban 20 neste domingo (17/11), iniciativa do Grupo C40 de Grandes Cidades, é a mais perfeita forma de transição entre o G20 Social histórico que marcou os três dias anteriores, e a Cúpula dos chefes de Estado do bloco, nos próximos dois dias.

• Leia aqui o discurso de Lula na recepção aos prefeitos e assista aqui à transmissão da cerimônia de abertura

Por uma agenda global em que as pessoas são o centro das decisões e lideram as mudanças para que ninguém fique para trás. A Cúpula do G20 Social inaugura uma nova fase para a cooperação econômica internacional em que o povo quer ter espaço para apontar soluções para a crise global desde a realidade dos seus territórios. A iniciativa da presidência brasileira do G20 reafirma a máxima de que, quando são convidadas a participar dos processos, as pessoas garantem presença e pluralidade de ideias.

Desde o início do mandato de turno, a participação de organizações da sociedade civil, por meio dos grupos de engajamento e dos movimentos sociais, funcionou como bússola para as prioridades que seriam debatidas em 2024. Tanto que agendas que cobram o compromisso das maiores economias do mundo por reformas na governança e no sistema financeiro global, pela transição ecológica justa, o fim da fome e a redução das desigualdades partem, principalmente, de pautas históricas cunhadas desde as urgências do povo.

Esta edição especial da G20 News mira os últimos dias do G20 Brasil e celebra o sucesso da Cúpula Social. Os armazéns do Porto de Mauá, no Rio de Janeiro, receberam milhares de pessoas interessadas em compor os debates entre os líderes do mundo. O documento fruto dessa articulação inédita os convida para o engajamento por uma transformação “efetivamente possível e duradoura”. Pede, ainda, ambição nos compromissos para fortalecer as instituições internacionais, combater a fome, a pobreza e as desigualdades, bem como para mitigar os impactos das mudanças do clima.

Agora, nos dias 18 e 19 de novembro, acontece a Cúpula de Líderes do G20 Brasil, no Rio de Janeiro. A expectativa é por uma declaração de líderes com acordos robustos e propostas ambiciosas em resposta às prioridades colocadas em discussão durante a presidência brasileira.

Agenda da semana

• 12 a 16 de novembro – Reunião de Sherpas (Rio de Janeiro)
• 14 a 16 de novembro – Cúpula Social (Rio de Janeiro)
• Confira o calendário completo

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe documento da Cúpula do G20 Social, no Rio de Janeiro | Foto: Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

A Declaração do Rio de Janeiro, resultado do G20 Social, reforça o apelo de movimentos sociais por justiça global. Documento foi entregue ao presidente Lula em cerimônia de encerramento com movimentos populares de todo o mundo

Uma das principais pautas em debate no Território do G20 Social, no Rio de Janeiro, trata da Aliança Global proposta pelo Brasil para combater a fome e a pobreza. A Aliança é fundamentada no princípio de que nenhum país pode combater a fome isoladamente. A iniciativa brasileira, que será lançada na Cúpula de Líderes, busca unir nações desenvolvidas e em desenvolvimento em ações coordenadas que englobam desde a ampliação da produção de alimentos saudáveis até o apoio à agricultura familiar e sustentável.

Na primeira Cúpula Social do G20, o Brasil apresenta o PAC para Resíduos Sólidos, um novo ciclo de políticas públicas que reforça o compromisso do país com a inclusão dos catadores, a economia circular e a sustentabilidade. A iniciativa coloca em prática temas essenciais debatidos na presidência brasileira do G20, como a redução de desigualdades e o combate às mudanças climáticas.

G20 Social apresenta caminhos para uma Inteligência Artificial ética e inclusiva. O alerta é para o risco da ampliação do discurso de ódio sem punição, o viés algorítmico e a urgência de políticas que garantam a integridade de dados e a proteção de direitos humanos no ambiente digital.

O encerramento do G20 Social foi marcado por discursos enfáticos e a apresentação da Declaração do Rio de Janeiro, um documento elaborado em colaboração com movimentos sociais de todo o mundo. O evento, realizado paralelamente às atividades do G20, destacou a urgência de reformar a governança global para enfrentar desafios contemporâneos, como mudanças do clima, desigualdades sociais e crises geopolíticas.

A Declaração do Rio de Janeiro, resultado do G20 Social, reforça o apelo de movimentos sociais por justiça global, combate à fome e mudanças do clima, e reforma urgente na governança internacional. O evento encerra neste sábado, antecedendo a reunião de líderes na próxima semana. Ouça a reportagem e saiba mais.