Durante a entrega da primeira etapa de reabertura de leitos no Hospital Federal de Bonsucesso, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (17), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, também reforçou o compromisso do governo federal no controle da dengue e outras arboviroses.
“Cabe ao Ministério da Saúde coordenar esforços, destinar insumos, como larvicidas, e implementar novas tecnologias junto aos estados para reduzir a transmissão da dengue. Além disso, instalamos um Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue) para trabalhar casos específicos e apoiar os entes da rede de atenção, ” afirmou a ministra.
Ela ressaltou, ainda, a importância de ações coordenadas com estados e municípios, destacando exemplos como de cidades da região Sudeste do país, como São José do Rio Preto (SP), onde a maior incidência da doença tem demandado esforços concentrados.
Planos e tecnologias inovadoras
Entre as medidas adotadas pelo Ministério está o Plano de Ação contra a Dengue, que inclui a ampliação de tecnologias inovadoras, como o método Wolbachia, que utiliza mosquitos infectados com a bactéria para reduzir a transmissão, além do uso de mosquitos estéreis e a disseminação de larvicidas por fêmeas do vetor.
No Rio, a ministra destacou ainda a instalação do COE Dengue, criado para fortalecer a resposta do Brasil a essas emergências de saúde pública. “Estamos expandindo essas tecnologias e reforçando o papel dos agentes de endemias, essenciais no controle do mosquito. A população também tem um papel crucial, eliminando criadouros em suas residências, que representam 75% dos focos, ” destacou Nísia.
Mobilização e integração
O Ministério da Saúde também aposta em soluções sustentáveis, como a utilização da biologia do ambiente para controlar o vetor. “Estamos trabalhando com estratégias que incluem as estações disseminadoras de larvicidas (EDLs), que é a dispersão de larvicidas pelas próprias fêmeas do mosquito e outras tecnologias inovadoras. Além disso, o papel dos agentes de combate às endemias é fundamental, e o Ministério segue oferecendo suporte a esses profissionais, ” afirmou a ministra.
Ações de conscientização da população também são parte essencial do plano, que considera as mudanças climáticas, como aquecimento global e chuvas intensas, fatores determinantes para o aumento da dengue. “Com um trabalho integrado e a mobilização social, podemos reduzir significativamente os casos e enfrentar essa luta que já afeta 130 países em diferentes regiões, ” concluiu a ministra.
Edjalma Borges
Ministério da Saúde