O projeto que aperfeiçoa os mecanismos de proteção a crianças e adolescentes vítimas de violência poderá ser votado na Comissão de Segurança Pública (CSP) em reunião na terça-feira (10), às 11h. Da senadora Leila Barros (PDT-DF), a proposta (
De acordo com o texto, “em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal de crime que envolva violência física, sexual ou psicológica contra menor de 14 anos, o juiz poderá aplicar as medidas protetivas de urgência previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006”. O projeto acrescenta que o juiz poderá estabelecer medidas de urgência quando houver ameaça de violência por pessoa com poder de guarda e proteção sobre o menor, e assegura atendimento prioritário a menores de 14 anos em programas de proteção a testemunhas.
Ao justificar a proposta, Leila ressaltou que, periodicamente e com uma “constância assustadora”, o país é surpreendido com um escândalo de violência contra crianças e adolescentes. A relatora, senadora Augusta Brito (PT-CE), argumenta que o projeto “cumpre a obrigação estatal de dar eficácia ao comando constitucional de assegurar aos menores de idade o direito à dignidade.” Em substitutivo, Augusta acolheu parcialmente aprimoramentos propostos em emendas dos senadores Alessandro Vieira (MDB-SE) e Damares Alves (Republicanos-DF), e pelo Ministério da Justiça.
O projeto já foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) e, em caso de aprovação pela CSP, sem recurso para análise do Plenário, será encaminhado ao exame da Câmara dos Deputados.
Bens apreeendidos
Depois de adiamento, volta à análise da CSP o projeto (
O texto permite a alienação dos bens apreendidos, com exceção das armas, no prazo de 30 dias, de modo a impedir sua deterioração. A venda deve ser feita preferencialmente por meio eletrônico. A proposta também prevê o uso do bem por órgãos de segurança pública, mediante autorização judicial, e estabelece que os bens serão liberados quando for comprovada a licitude de sua origem.
O autor do projeto, que altera o
Pessoas com deficiência
Outro projeto em pauta obriga o poder público a elaborar estatísticas sobre a violência contra pessoas com deficiência. Originado na Câmara dos Deputados, o projeto (
A relatora, senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), recomenda a aprovação do projeto. Ela lembrou que a violência praticada contra pessoas com deficiência já deve ser notificada compulsoriamente pelos serviços de saúde, e “a previsão legal garante que esse trabalho continue a ser feito e que abasteça bancos de dados estratégicos.”
Depois da CSP, o texto segue para análise da CDH.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)