Lula tem encontros com chefes de Estado da África do Sul, Malásia e Itália — Agência Gov

Lula tem encontros com chefes de Estado da África do Sul, Malásia e Itália — Agência Gov

Notícia

Brasileiro explicou ao sul-africano Cyril Ramaphosa, à italiana Giorgia Meloni e ao malaio Anwar Ibrahim prioridades do Brasil no G20 e abordou parcerias em áreas estratégicas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu neste domingo (17/11), na primeira reunião bilateral com um chefe de Estado vindo ao G20, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, que irá assumir a presidência do grupo após o Brasil. Na sequência, o líder brasileiro encontrou-se como primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim,. E em seguida com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. A agenda do presidente prevê 11 reuniões bilaterais neste domingo.

Participaram da reunião com Ramaphosa o ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Gestão e da Inovação, Esther Dweck. Também participaram o assessor especial, Celso Amorim, e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento e Indústria, Márcio Elias Rosa. O presidente Lula relatou a reunião e o trabalho do G20 Social e pediu que a África do Sul continue com essa prática inaugurada pela presidência brasileira.

Lula e Ramaphosa também conversaram sobre a retomada das reuniões do Ibas, grupo que reúne Brasil, Índia e África do Sul, três democracias de diferentes continentes do Sul Global. E sobre a presidência brasileira do Brics, que deve se reunir ano que vem no Brasil.

O presidente sul-africano garantiu que deve dar continuidade ao trabalho do Brasil no G20. E o Brasil se colocou à disposição da África do Sul para transferir toda a experiência brasileira na presidência do G20. Os dois presidentes também conversaram sobre o financiamento da preservação ambiental discutido nos fóruns ambientais. E sobre a proposta de taxação em 2% dos 3 mil indíviduos mais ricos do planeta, que detém um patrimônio de US$ 15 trilhões.

Enel na pauta

Na conversa com a italiana Giorgia Meloni, Lula explicou as prioridades da presidência brasileira no G20 e a convidou para, após sua participação na Cúpula do bloco, preparar uma nova visita em um futuro próximo ao Brasil, promovendo um encontro empresarial entre os dois países.

A primeira-ministra lembrou que são 800 mil cidadãos italianos e 30 milhões de descendentes de italianos no Brasil, e, com isso, essa sua primeira viagem à América Latina não esgota a necessidade de uma nova visita ao Brasil.

Meloni lembrou que as empresas italianas tem planos de investir no Brasil € 40 bilhões, e falou sobre atualização dos acordos de parceria e cooperação econômica entre os dois países.

O assunto Enel entrou na conversa. A empresa de distribuição de energia, de capital misto e com participação do Estado italiano, é cobrada para que melhore o serviço prestado pela empresa, em especial em São Paulo.


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lula e malásia

Antes, Lula e o o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, conversaram sobre a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, que o Brasil lançará amanhã no G20. E sobre a importância da Malásia na área de semicondutores e de se avançar na cooperação entre os dois países nessa área.

O presidente Lula recomendou a Ibrahim que aproveite bem os dias no Brasil, e o convidou para uma visita de estado ao Brasil, com um encontro entre empresários dos dois países.

O primeiro-ministro da Malásia afirmou que esta é a sua primeira visita ao Brasil. Ibrahim ressaltou que o presidente Lula talvez não saiba, mas tem muitos admiradores na Malásia, pelo seu signifcado na área da justiça social e por sua tenacidade. Os dois líderes também falaram de apoio à posição brasileira de reforma na governança global.

Lula e Ibrahim conversaram bastante sobre compartilhamento e troca de experiências públicas sobre o combate à fome entre os dois países para eles aprenderem sobre a experiência de cada um.

Falaram também sobre o bom momento da economia malaia e sobre a presença no Brasil de empresas da Malásia, como a Petronas, que produz petróleo. Por fim, os dois líderes discutiram a ampliação das relações em comércio e pesquisa agrícola.