entenda o que é a gravidez ectópica e seus riscos

Lugar mais frio da Terra se tornou um dos destinos de férias mais populares do mundo; entenda

Notícia

Já passou pela sua cabeça fazer um cruzeiro que, acidentalmente, se choque com a Antártica, e você acabe tendo as melhores férias da sua vida? Embora pareça uma história de filme, foi o que aconteceu com o navio Seabourn Pursuit. Quando a embarcação estava passando pela baía de Hanussen, colidiu com uma camada de gelo marinho e ficaou incrustado a vários metros na água gelada do mar. Talvez o primeiro pensamento seja lembrar do Titanic, mas essa história foi diferente: os 250 passageiros a bordo se aproximaram das varandas para ver o que estava acontecendo e desceram até a passarela para dar um passeio sobre o gelo.

  • Eleições EUA: Trump se veste de gari e explora fala de Biden sobre ‘lixo’ republicano
  • Vítima de ‘inundação do século’ na Espanha ligou para amiga antes de morrer com bebê: ‘Cuide dos meus outros filhos’

Embora muitos tivessem ficado com medo de estarem no meio da Antártica, para essas pessoas foi o contrário: esse lugar não estava nos seus planos, mas decidiram abrir champanhes e brindar pela experiência única que estavam vivendo. Enquanto aproveitavam um dos lugares mais frios do mundo, Greg e Susana McCurdy, dois policiais aposentados de Las Vegas, comentaram que essa viagem foi a melhor coisa que lhes aconteceu.

Susana, que é agente de viagens em meio período, disse que ultimamente notou uma mudança em seus clientes, que agora estão preferindo destinos autênticos. “Querem mais autenticidade, mais coisas da lista do que fazer antes de morrer, principalmente após o covid. Simplesmente não esperam mais (…) E a Antártica está quase no topo da lista de todos”, disse.

A popularidade das viagens à Antártica começou após a pandemia de covid; a cada dia, mais pessoas preferem esse destino do que uma praia ensolarada. A Associação Internacional de Operadores de Turismo da Antártica tem monitorado o número de turistas que visitam o continente branco desde o início dos anos 90, quando cerca de 7 mil pessoas o visitavam anualmente. Na última década, o número disparou de uma forma inesperada. No inverno de 2017, ao menos 44 mil visitaram esse local exótico. Este ano, as visitas já superaram 122 mil pessoas.

Há algumas décadas, viajar para a Antártica significava embarcar em navios pequenos, alguns deles quebradores de gelo da Rússia, Canadá e outras nações polares, mas não era uma experiência de luxo como pode ser hoje em dia. Robin West, vice-presidente e diretor-geral de expedições da Seabourn, fez sua primeira viagem ao local em 2002, quando os navios estavam equipados com camarotes e banheiros compartilhados.

“Você escrevia seu nome em um quadro para comer espaguete ou lasanha todas as noites”, falou.

Naquela época, os navios nem tinham janelas para ver o exterior, mas hoje as experiências são diferentes. Colleen McDaniel, editora-chefe do Cruise Critic, atribui esse avanço às linhas de cruzeiros Lindblad e National Geographic, que foram pioneiras nesse tipo de viagem.

“Foram realmente as pioneiras em levar a experiência antártica a um viajante mais tradicional. Mas aquelas primeiras viagens eram bem menos luxuosas do que vemos hoje em dia”, acrescentou McDaniel.

Atualmente, esses cruzeiros contam com todas as comodidades e alguns oferecem pacotes de aventura no lugar mais frio da Terra. “Recentemente, Ponant, Silversea, Seabourn e Scenic deram grandes passos com essa experiência de luxo de alto nível, oferecendo suítes incríveis, jantares excepcionais e até spas a bordo. Linhas de cruzeiros como a Quark estão criando produtos para os amantes de aventura, oferecendo atividades como esqui cross-country e acampamentos”, afirmou McDaniel.