CFO do Banco do Brasil (BBAS3) nega aumento do payout

CFO do Banco do Brasil (BBAS3) nega aumento do payout

Notícia

Ao ser questionado sobre um possível novo aumento do payout do Banco do Brasil (BBAS3), o CFO da companhia, Marco Geovanne Tobias, negou a possibilidade.

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Mais cedo em 2024 o payout do Banco do Brasil foi elevado de 40% para 45%, em um movimento que aumentou os dividendos pagos pela instituição financeira.

Ainda assim e apesar da grande capitalização do BB – como de outros players do setor -, Tobias negou um aumento sem dar sinalizações de uma rediscussão do tema no médio prazo.

“Hoje temos um patamar de 45%, além de 15% de Índice de Basileia, o que consideramos confortável. O aumento que fizemos foi através de uma análise da área financeira, que entendeu que esse seria o patamar adequado”, disse o CFO do Banco do Brasil.

“Não há discussão para uma elevação, a nossa pretensão é de manter os 45% atuais”, frisou o executivo durante coletiva de imprensa do BB, realizada nesta quinta-feira (9).

Provisionamento do Banco do Brasil é um problema?

Na mesma ocasião, executivos do banco também foram indagados sobre o patamar de provisionamento – talvez uma das únicas preocupações de investidores e analistas com o 1T24 do Banco do Brasil, que mostrou novamente o maior lucro da história para um primeiro trimestre acumulado.

O indicador de Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) mostrou R$ 8,5 bilhões já nesse trimestre, sinalizando que o banco caminha para o topo do seu guidance – que prevê um intervalo entre R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões.

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Na eventualidade de essa cifra ser replicada igualmente nos três trimestre seguintes, o banco estouraria o guidance em R$ 4 bilhões.

Apesar disso, os executivos destacaram que se mantém tranquilos com o cenário atual, destacando que o pico da inadimplência já passou, ficando em dezembro de 2023.

Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil, comentou que os índices de provisionamento “já estão feitos” e não vê surpresas no que foi reportado no 1T24.

Tobias, o CFO, adicionou que olhando para o aumento da inadimplência no agronegócio, também não há preocupação “visto que é um patamar que se pode provisionar”.

Nesse sentido o executivo também frisou o dado apresentado durante à coletiva, relativo ao crédito não produtivo (em inglês, non-performing loan ou NPL), que somaram R$ 9,53 bilhões no trimestre, ficando ainda abaixo de 1% da carteira de crédito do Banco do Brasil.

Juntamente com isso, foram feitos questionamentos acerca dos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul (RS). A avaliação, no momento, é de que é cedo demais para quantificar os estragos.

Tarciana pontuou que “é um evento que não afeta só o banco, mas todo o ciclo econômico do local e que é relacionado a ele”.

“Dito isso, temos ágio para lidar com as sinistralidades, em se tratando da seguradora. Fechamos parcerias com as principais resseguradoras do mundo, e elas estavam bem preparadas pois esse tipo de evento é mais comum em outros lugares do mundo. Sabemos que quando a água baixar os riscos ficarão cobertos e os clientes poderão contar com ajuda”, declarou.

Atualmente o Rio Grande do Sul representa 4% da carteira de crédito do Banco do Brasil e 6% da carteira de crédito voltada para o agronegócio.

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