Bitcoin cai enquanto token de pagamentos transfronteiriços XRP dispara 27% | Criptomoedas

Bitcoin cai enquanto token de pagamentos transfronteiriços XRP dispara 27% | Criptomoedas

Notícia

O bitcoin (BTC) opera em queda nesta segunda-feira (2) ainda com dificuldades de superar a “muralha de ordens de venda” que a criptomoeda encontra sempre que se aproxima dos US$ 100 mil por unidade. O site “Coindesk” avaliou em US$ 384 milhões as operações vendidas na máxima histórica da moeda digital (acima dos US$ 99 mil).

O destaque do dia, contudo, fica com outro token, o XRP, criptomoeda criada pela Ripple para facilitar pagamentos transfronteiriços. O XRP tem disparado desde que foi confirmada a saída do atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), Gary Gensler, de seu cargo a partir do dia 20 de janeiro, quando Donald Trump assume como presidente dos EUA.

Sob Gensler, a SEC travou uma dura batalha judicial com a Ripple por considerar que o XRP é um valor mobiliário que foi ofertado de maneira irregular aos investidores americanos. Hoje, o XRP dispara 27,3% a US$ 2,42, chegando ao valor de mercado total de US$ 138,5 bilhões e superando o tether (USDT), como terceira maior criptomoeda do mundo na métrica. O USDT é a maior stablecoin – criptomoeda de valor pareado com o de uma divisa tradicional como o dólar – do mundo e tem capitalização de US$ 134 bilhões.

Há pelo menos dois dois eventos que trazem bastante expectativa para os investidores do XRP: a possível aprovação pelos reguladores da stablecoin da Ripple, o RLUSD; e o lançamento de fundos negociados em bolsa (ETFs) de XRP nas bolsas de valores dos EUA.

Perto das 11h09 (horário de Brasília) o bitcoin cai 1,5% em 24 horas, cotado a US$ 95.775 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem queda de 1,9% a US$ 3.636, conforme dados do CoinGecko. O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo é de US$ 3,57 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta perdas de 0,7% a R$ 581.337, enquanto o ether recua 1,3% a R$ 22.067, de acordo com valores fornecidos pelo MB.

Entre as altcoins (as criptomoedas que não são o bitcoin), a solana (SOL) se desvaloriza em 5% a US$ 226,23 e o BNB (token da Binance Smart Chain) tem baixa de 3,2% a US$ 640,32.

Entre os ETFs de bitcoin à vista negociados nas bolsas americanas, na sexta (29) foi registrado um saldo líquido positivo de US$ 320 milhões. Os principais responsáveis pelos números positivos foram o IBIT, da BlackRock, com US$ 137,5 milhões de excesso de compras de cotas em relação às vendas, e o FBTC, da Fidelity, com US$ 106,5 milhões. Entre os ETFs de ether, o fluxo foi positivo em US$ 332,9 milhões. Quem impulsionou a entrada de dinheiro foi o ETHA, da BlackRock, com US$ 250,4 milhões e o FETH, da Fidelity, com US$ 79,1 milhões.

Do lado macroeconômico, Fernando Pereira, analista da Bitget, diz que os dados recentes sobre a inflação nos EUA apontam para uma piora nos últimos meses desde que as taxas de juros começaram a ser reduzidas. “Essa tendência traz um alerta: continuar diminuindo os juros pode ser arriscado, e há chances de que este ciclo de cortes seja pausado em dezembro. Isso pode impactar diretamente o otimismo do mercado. Investidores de criptomoedas devem ficar atentos a esses desdobramentos”, avalia.

Usando análise técnica, Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, comenta que o bitcoin está operando em uma faixa de US$ 91 mil a US$ 98.600 desde 20 de novembro. “Se o bitcoin romper a lateralização para baixo, os suportes de curto e médio prazo estão nas regiões de liquidez dos US$ 87.315 e US$ 80.400. Contudo, caso o fluxo comprador prevaleça e ocorra o rompimento para cima, os próximos alvos estão nas faixas dos US$ 100.000 e US$ 105.000”, projeta.