A tendência de o governo enviar ao Congresso um novo texto para tratar da desoneração/reoneração da folha salarial das empresas ganhou força nesta terça-feira (6) após reunião de líderes partidários do Senado com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Mas a decisão, reivindicada por parte dos senadores e deputados, ainda depende do aval do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A possibilidade mais forte é de que o governo revogue o trecho da
— O encaminhamento final é que o ministro Haddad submeterá ainda ao presidente da República, mas evoluímos muito no sentido de separar da
A reivindicação veio após a
Líder do União Brasil, o senador Efraim Filho (PB) lembrou que a decisão do governo de editar a MP após a rejeição do veto gerou um incômodo entre os parlamentares. Segundo ele, a discussão durante a reunião foi “mais de forma do que de conteúdo”.
— O tema causou um ruído muito forte com o Congresso Nacional. Ficou claro na mesa da reunião que esse tema não estava sendo bem recebido pelo Congresso. O projeto de lei seria o melhor caminho por pressupor diálogo, debate e votos. Houve a compreensão do ministro — avaliou.
Randolfe reforçou que a discussão que está em jogo é sobre a necessidade fiscal do país e avaliou que, mesmo com o cancelamento da reunião dos ministros com líderes da Câmara inicialmente prevista para hoje, não afetará a decisão do presidente da República. Randolfe acrescentou que o espaço de diálogo seguirá aberto com os presidentes de ambas as Casas e parlamentares.
— O encaminhamento que estamos dando é conversar, conversar e conversar. Quando estiver muito cansado, continuar conversando — disse o senador.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)