O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) se emocionou em discurso nesta quarta-feira ao anunciar que irá renunciar à presidência da Comissão de Legislação Participativa. O parlamentar justificou sua decisão com o processo interno de cassação que responde no Conselho de Ética por ter empurrado um membro do Movimento Brasil Livre (MBL) em abril deste ano.
Em Fortaleza, Ciro Gomes se isola após maior parte do PDT sinalizar que será base de prefeito petista
Após entraves e obstrução, Zema avança com projeto impopular tido como uma das metas de seu mandato
— Não estou me afastando da luta, vou seguir em luta. Quero agradecer profundamente a cada uma das pessoas que se mobilizou em defesa do mandato — disse Glauber Braga.
O deputado também anunciou que não apresentará testemunhas no processo de cassação.
— Passou de todos os limites. O que tinha que ser apresentado, já foi. Estou abrindo mão de todas as testemunhas que ainda seriam ouvidas. O processo, então, passa, a partir deste momento, a estar apto a julgamento imediato pelo Conselho de Ética.
Nos últimos dias, apoiadores do parlamentar tem costurado um movimento pela manutenção de seu mandato, o Fica Glauber. Um evento chegou a ser realizado no Circo Voador, no Centro do Rio.
A confusão em abril deste ano ocorreu quando o grupo do MBL estava na Câmara para conversar com parlamentares contra a regulamentação do Uber. De um lado, Glauber Braga alegou que o integrante havia o provocado antes do empurrão.
Com a instauração do processo interno, o deputado passou a argumentar que se tratava de uma perseguição direta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Na atual legislatura, das 34 representações protocoladas na atual legislatura, apenas a contra Chiquinho Brazão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, foi a que chegou até esse estágio no chegou o de Glauber.
Relembre caso Marielle Franco em imagens
Eleita vereadora do Rio de Janeiro pelo PSOL em 2016, com 46 mil votos (a quinta candidata mais bem votada do município), Marielle Franco teve o mandato interrompido por 13 tiros na noite de 14 de março de 2018, num atentado que vitimou também seu motorista Anderson Gomes