Na primeira comemoração oficial do Novembro Roxo (
A audiência atende a requerimento (
— Se a gente der as mãos junto com o Ministério da Saúde, com os gestores municipais e estaduais, a gente tem muito a fazer por nossos bebês.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) citou a sanção da
— É desta forma que estamos conduzindo a pauta: com muita coragem, mas com muita responsabilidade.
Ela também manifestou apoio ao projeto de Dra. Eudócia (
‘Vazio gigante’
Mãe de duas crianças prematuras, Suellen Sátiro, coordenadora de políticas públicas da ONG Prematuridade.com, lembrou o “vazio gigante” que sentiu ao ser obrigada a afastar-se de suas filhas depois do parto — segundo ela, a situação é muito comum depois de partos prematuros. Suellen contrastou as intercorrências da prematuridade com o conceito idealizado de gestação.
— A prematuridade é como se fosse tirar a passagem para a Disney, pega o avião da gestação e vai sonhando com a Disney. De repente, alguém abre a porta do avião e te joga lá embaixo.
Também representando a Prematuridade.com, Denise Suguitani salientou o trabalho da entidade por saúde e justiça social para os bebês e suas famílias e cobrou mais mobilização da sociedade civil em torno do tema. Para ela, que comemorou a oficialização do Novembro Roxo, a prematuridade é uma “epidemia silenciosa” que a sociedade ainda trata como se fosse invisível.
— Ter uma data, iluminar os lugares de roxo, ter um mês para falar disso faz toda a diferença e dá visibilidade.
Coordenadora-geral de atenção à saúde das crianças, adolescentes e jovens do Ministério da Saúde, Sonia Isoyama Venâncio citou as políticas em curso para prevenção da mortalidade infantil e do parto prematuro. Lilian Sadeck, primeira vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, defendeu a capacitação dos profissionais de saúde atuantes na sala de parto e manifestou apoio a procedimentos humanizados que aumentem o contato entre pais e bebês. E Marta David Rocha, neonatologista do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), alertou para o subfinanciamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e o elevado déficit de leitos neonatais que afeta a maior parte dos estados brasileiros.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
