Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) ligaram o surto da bactéria E. coli que deixou uma morte e outras 49 pessoas doentes ao consumo de hambúrgueres “Quarterão” do McDonald’s. A empresa parou de vender o produto em diversos estados e descontinuou o uso de cebolas em fatias nesses locais. Investigadores tentam determinar qual ingrediente pode estar contaminado com a bactéria letal.
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Dez pessoas chegaram a ser hospitalizadas, incluindo uma criança que, segundo a agência de saúde, apresenta uma doença grave. Todos atingidos pelo surto, que se alastra por 10 estados americanos, disseram que comeram no McDonald’s recentemente, e a maioria afirmou ter consumido o “Quarterão”.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a bactéria Escherichia coli (E.coli) é encontrada naturalmente no intestino de humanos e animais, já que a maioria das suas cepas são inofensivas. No entanto, algumas linhagens podem causar graves doenças e são transmitidas geralmente pelo consumo de água ou alimentos contaminados.
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“Ao contrário de muitas outras bactérias causadoras de doenças, a E. coli pode causar uma infecção mesmo se você ingerir apenas pequenas quantidades. Por esse motivo, você pode ficar doente com a E. coli ao comer um hambúrguer levemente mal cozido ou ao engolir um bocado de água de piscina contaminada”, diz a Mayo Clinic, dos Estados Unidos. A bactéria foi a causa, por exemplo, de uma triatleta belga contaminada após nadar no rio Sena durante a Olimpíada de Paris neste ano.
A Mayo Clinic explica que “as fezes humanas e animais podem poluir as águas subterrâneas e superficiais, incluindo córregos, rios, lagos e água usada para irrigar plantações”. “Algumas pessoas também foram infectadas com E. coli depois de nadar em piscinas ou lagos contaminados com fezes”, continua.
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Uma das cepas que provoca casos graves é a E. coli enterohemorrágica (EHEC), que produz toxinas que causam cólicas abdominais severas e forte diarreia, inclusive com presença de sangue. Vômitos e febre também podem ocorrer, e o período entre a transmissão do microrganismo e o início dos sintomas pode variar de três a oito dias. A maioria dos pacientes, porém, tem uma boa recuperação em até dez dias.
Crianças e idosos e pessoas imunossuprimidas são mais suscetíveis a desenvolverem um quadro grave da doença. “Para reduzir a chance de ser exposto à E. coli, evite ingerir água de lagos ou piscinas, lave as mãos com frequência, evite alimentos de risco e fique atento à contaminação cruzada”, recomenda a Mayo Clinic.