Senadores e deputados vão tirar dinheiro das emendas de bancada estadual para reforçar o Fundo Especial de Financiamento de Campanha — conhecido como Fundo Eleitoral. O projeto de Lei Orçamentária enviado em agosto pelo Poder Executivo (
A liberação do extra de R$ 4 bilhões está prevista em uma
A instrução normativa
Caso o dinheiro das emendas de bancada reservado para o Fundo Eleitoral não seja integralmente utilizado na campanha, a sobra é dividida pelo relator-geral do Orçamento. Ele deve respeitar a mesma proporção adotada nos pareceres de emendas de bancada aprovados pela CMO.
Fundo Eleitoral
O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) foi criado em 2017, após uma alteração na
O dinheiro é depositado pelo Tesouro Nacional em uma conta especial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de junho de cada ano de pleito. O dinheiro só vai para os partidos políticos depois que cada legenda define critérios de distribuição, aprovados pela maioria absoluta da direção executiva nacional.
De acordo com o TSE, os recursos destinados às campanhas saltaram de R$ 1,71 bilhão em 2018 para R$ 2,03 bilhões em 2020 — um acréscimo de 18,57%. Em 2022, houve o maior crescimento registrado no Fundo Eleitoral: os R$ 4,96 bilhões reservados para as eleições daquele ano representavam um aumento de 143,81% em relação ao pleito anterior. Em 2024, o fundo deve manter o valor registrado em 2022.
Ano | Valor reservado (R$) |
2018 | 1.716.209.431 |
2020 | 2.034.954.824 |
2022 | 4.961.519.777 |
2024 |
4.961.519.777 (*) |
Fonte: TSE (*) Valor estimado segundo instrução normativa 2/2023 (CMO) |
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)