No programa Conexão Radical da TV Assembleia desta quarta-feira (04), a apresentadora Angélica Alves conversa com o publicitário e praticante de mountain bike Rodrigo Bruschz das Neves. Há mais de 15 anos praticante do ciclismo em trilhas, Rodrigo tornou-se trailbuilder, atividade de construção de traçados para a prática de diversas modalidades com a bicicleta, seja em cadeias de montanhas ou mesmo em pequenas áreas de uma cidade.
Desde jovem Rodrigo Bruschz das Neves se descobriu um verdadeiro aventureiro com uma paixão profunda pela natureza e pela prática esportiva ao ar livre. Encontrou na bicicleta e no skate uma forma de explorar e se conectar com o mundo ao seu redor. A atração pelas montanhas e pela natureza o levou à prática do trekking e camping, criando uma base sólida para suas aventuras.
A prática da mountain bike, com foco especial no enduro, uma modalidade que desafia os limites tanto nas descidas íngremes quanto nas subidas até o topo das montanhas veio naturalmente. Essa prática combina a emoção das descidas rápidas com o desafio das subidas técnicas, unindo perfeitamente os dois mundos que Rodrigo sempre amou – esporte e natureza.
Além de seu envolvimento ativo no mountain bike tornou-se um trailbuilder dedicado. Esse papel é fundamental para a construção de trilhas que promovem a prática segura e empolgante do ciclismo de gravidade, sempre respeitando e adaptando a natureza para criar experiências inesquecíveis para os ciclistas.
Com uma formação em publicidade e uma carreira voltada para a produção de vídeo, Rodrigo utiliza suas habilidades para promover e divulgar o esporte que tanto ama. Sua missão é não apenas praticar e construir trilhas, mas também inspirar e engajar outros apaixonados pelo ciclismo e pela natureza através do conteúdo que cria.
O Trail Building
Trilhas são usadas de uma maneira ou de outra. Quando existe um trabalho de manutenção, o uso da trilha é mais planejado e até mesmo a erosão natural da chuva pode ser evitada. Com educação e frequência de visitantes conscientes, a trilha passa a ganhar um maior sentido de cuidado, facilitando a educação básica de preservação da vegetação, da fauna e fatores simples como o descarte adequado de lixo.
Por isso o trail building deixou de ser apenas uma melhoria informal de trilhas pelos praticantes, para se tornar uma atividade essencial na construção de um ecossistema regional para a prática de algumas modalidades do ciclismo. Mais que trilhas bem-feitas, ter uma construção sustentável e responsável pode trazer benefício também para o turismo e comércio da região, além de melhoria na qualidade de vida. Com o tempo, o trail building evoluiu para a construção de trilhas exclusivas e até mesmo complexos dedicados à prática do ciclismo. Dentro do ciclismo existem diferentes tipos de pistas e modalidades
Cross Country Olímpico: Modalidade que tem mais visibilidade no Brasil e no mundo, por estar presente nos Jogos Olímpicos. Consiste em uma disputa num circuito fechado em que os competidores devem realizar um certo número de voltas para completar a prova.
Bicicross: Modalidade derivada do motocross, o BMX como é conhecido, hoje também está presente nos Jogos Olímpicos na variante BMX cross, é uma prova de muita velocidade, num circuito fechado e construído com exime perfeição entre seus saltos e curvas. O BMX Vertical e Freestyle também fazem sucesso, pois demandam de menor investimento de pista.
Freeride: Como comentado acima, muito do que vemos na evolução do ciclismo hoje em dia se deve ao Freeride. Foi uma transição e superação dos bikers ao incorporar elementos com maior adrenalina ao esporte.
BMX Dirt Jump: Praticado com bicicleta de BMX em rampas de terra com a principal finalidade de mandar manobras.
Downhill: Esta, nada mais é que descer uma montanha. Nas competições, ganha quem faz do topo a base do morro em menor tempo. Muito conhecida ao redor do globo, esta, é a modalidade extrema mais difundida.
Enduro: Aqui, temos uma mistura entre várias modalidades, mais antigo do que parece, o Enduro surgiu décadas atrás com a necessidade de subir pedalando até o topo da montanha para descer ela.
Four x: Com uma das disputas mais divertidas, o 4x é uma prova onde 4 atletas descem juntos um traçado mais largo e quem chegar antes, é o campeão.
Legislação
A Assembleia Legislativa esteve sempre em consonância com as mais diversas práticas esportivas, seja no reconhecimento, seja na regulamentação para que o esporte alcance cada vez mais os paranaenses. Quanto a bicicleta, a atenção extrapola a prática do esporte, sendo igualmente considerada como um modal de transporte essencial. Abaixo, algumas das Leis aprovadas pela Assembleia Legislativa em atenção a bicicleta.
A Lei estadual nº 17.385 de 10 de dezembro de 2012, de autoria do ex-deputado estadual Rasca Rodrigues, instituiu o Mês da Bicicleta, a ser comemorado anualmente em setembro.
A Lei estadual nº 20.251 de 29 de junho de 2020, de autoria dos deputados Goura (PDT), Hussein Bakri (PSD) e do ex-deputado Elio Rusch, instituiu o Título de Cidade Amiga da Bicicleta, a ser conferido aos municípios que possuem o reconhecido uso deste modal de transporte, visando ao incentivo da mobilidade sustentável e do trânsito seguro.
A Lei estadual nº 19.652 de 17 de setembro de 2018, de autoria do deputado estadual Cobra Repórter (PSD), instituiu o dia 19 de agosto, como Dia Estadual do Ciclista, incluindo-o no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná.
A Lei estadual nº 20.300 de 25 de agosto de 2020, de autoria do deputado estadual Goura (PDT) e da deputada estadual Mabel Canto (PSDB), instituiu o Circuito Cicloturístico dos Campos Gerais composto pelos municípios de Arapoti, Carambeí, Castro, Curiúva, Imbaú, Ipiranga, Ivaí, Jaguariaíva, Ortigueira, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Porto Amazonas, Reserva, São João do Triunfo, Sengés, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.
A Lei estadual nº 19.722 de 04 de dezembro de 2018, de autoria da deputada estadual Cristina Silvestri (PP), obriga o estabelecimento responsável pela comercialização de bicicletas a registrar o número de série da bicicleta no documento fiscal emitido ao consumidor.
A Lei estadual nº 20.146 de 06 de março de 2020, de autoria do deputado estadual Goura (PDT) e do ex-deputado estadual Paulo Litro, cria a Política de Mobilidade Sustentável e de Incentivo ao Uso da Bicicleta no âmbito do estado do Paraná para o incentivo ao uso da bicicleta como forma de mobilidade eficiente, segura e sustentável e prioriza os meios de transporte não motorizados, promovendo a melhoria do meio ambiente, trânsito e saúde.
A Lei estadual nº 20.354 de 14 de outubro de 2020, de autoria dos deputados Goura (PDT) e Soldado Adriano José (PP), instituiu a Lei do Cicloturismo para o incentivo ao uso da bicicleta e ao turismo ecológico, a melhoria da saúde e bem-estar dos cidadãos, por meio da promoção do lazer e da atividade física, a valorização da cultura e dos atrativos turísticos, o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais e movimentação da economia e a promoção da mobilidade e acessibilidade.
A Lei estadual nº 18.780 de 12 de maio de 2016, de autoria do ex-deputado José Carlos Schiavinato, instituiu a Política de Mobilidade Sustentável e Incentivo ao Uso da Bicicleta, como forma de mobilidade urbana sustentável visa priorizar os meios de transporte não motorizados e promover a melhoria do meio ambiente, trânsito e saúde.
A Lei estadual nº 20.285 de 12 de agosto de 2020, de autoria do deputado estadual Ricardo Arruda (PL), dispõe sobre a doação de ciclos apreendidos por ato administrativo ou de polícia, para instituições não governamentais. Os ciclos apreendidos por ato administrativo ou de polícia, quando não reivindicados por seus proprietários e após cumpridas as formalidades legais, poderão ser doados a instituições não governamentais que os utilizem para projetos sociais, inclusive transformando-os em outros objetos, como cadeiras de rodas.
A Lei estadual nº 18.880 de 05 de outubro de 2016, de autoria dos ex-deputados estaduais Felipe Francischini e José Carlos Schiavinato, dispõe sobre o acondicionamento de bicicletas nos ônibus utilizados no serviço de transporte intermunicipal de passageiros do estado do Paraná.
A Lei estadual nº 20.196 de 27 de abril de 2020, de autoria dos deputados estaduais Goura (PDT), Marcio Pacheco (PP) e do ex-deputado estadual Nelson Luersen, instituiu o Circuito Cicloturístico do Litoral do Paraná que compreende os municípios de Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá e Pontal do Paraná.
A Lei estadual nº 22.042 de 02 de julho de 2024, de autoria do deputado estadual Douglas Fabrício (Cidadania), instituiu o Circuito de Cicloturismo da Região Metropolitana de Campo Mourão no estado do Paraná que compreende o perímetro urbano do município de Campo Mourão e comunidades rurais de Alto Alegre, São Benedito, Santa Lúcia, São Mateus, Água da Anta, Água da Cascata, Rio da Várzea, Barreiro das Frutas, Alto São João, Alto da Boa Vista, Água da Binga e os municípios de Araruna, Peabiru, Farol, Luiziana, Mamborê, Altamira do Paraná, Roncador, Iretama, Engenheiro Beltrão, Janiópolis, Quarto Centenário, Goioerê, Moreira Sales, Rancho Alegre D’Oeste, Juranda, Fênix, Quinta do Sol, Barbosa Ferraz, Campina da Lagoa, Nova Cantu e seu distrito de Piquirivaí.
Serviço:
O Conexão Radical vai ao ar semanalmente, sempre nas quartas-feiras, às 13 horas, com reprise nas sextas-feiras, também às 13 horas pela TV Assembleia – canal 10,2 da TV Aberta e 16 da Net/Claro e as 13h30 no canal do Youtube da Assembleia Legislativa do Paraná.
