A Secretaria da Saúde de São Paulo informou nesta sexta-feira (2) que três novos casos de Febre do Oropouche foram confirmados no estado. Com isso, o total de casos subiu para cinco, todos relatados na região do Vale do Ribeira.
Dos três novos casos, dois foram registrados no município de Cajati e o outro na cidade de Pariquera-Açu. Na quinta-feira (1), a secretaria já havia confirmado que duas pessoas foram infectadas pela doença, ambas moradoras de Cajati. Todos os pacientes evoluíram para a cura.
Febre do Oropouche: O que é e como se transmite?
A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida principalmente por um mosquito conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Quando este inseto pica uma pessoa ou animal infectado, ele pode transmitir o vírus para uma pessoa saudável ao picá-la novamente.
De acordo com o Ministério da Saúde, o vírus foi registrado pela primeira vez no Brasil em 1960 e é mais comum na região Amazônica. Além do maruim, animais como bichos-preguiça, aves silvestres e roedores podem ser hospedeiros do vírus.
Quais são os sintomas da Febre do Oropouche?
A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida por mosquitos, com sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya. Os sintomas mais comuns incluem:
- Febre alta: Um dos primeiros e mais característicos sintomas da doença
- Dor de cabeça: Geralmente intensa e localizada atrás dos olhos.
- Dores musculares e articulares: As dores podem ser muito fortes e incapacitantes, afetando principalmente as articulações.
- Cansaço: A fadiga é um sintoma comum e pode persistir por várias semanas após a fase aguda da doença.
- Erupção cutânea: Manchas vermelhas podem aparecer na pele, geralmente começando no tronco e se espalhando para o rosto e membros.
- Náuseas e vômitos: A perda de apetite e problemas gastrointestinais são frequentes.
- Dor abdominal: Em alguns casos, pode ocorrer dor abdominal intensa.
Outros sintomas que podem ocorrer, embora menos frequentes, incluem:
- Calafrios: Sensação de frio intenso, mesmo com febre.
- Fotofobia: Sensibilidade à luz.
- Vermelhidão nos olhos: Conjuntivite.
- Inchaço nas articulações: Principalmente nos tornozelos e mãos.
- Fraqueza: Sensação de fraqueza generalizada.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais como o RT-PCR, e ainda não existe uma vacina específica para a doença. Portanto, medidas preventivas são essenciais
Como SP esta enfrentando a situação?
Em Cajati, os testes foram realizados em abril deste ano em três mulheres e um homem, com idades entre 36 e 54 anos. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Cajati, todos esses pacientes residem em área rural próxima a uma plantação de bananas e não tinham histórico de viagem para outras cidades nos últimos 30 dias, indicando que os casos são autóctones.
As autoridades de saúde estão em alerta, examinando populações vizinhas e monitorando possíveis novas infecções. A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo está cooperando com os municípios afetados para tomar medidas preventivas e educativas para combater a disseminação da doença.
Como se proteger da Febre do Oropouche?
A forma mais eficaz de prevenção é o uso de repelentes e evitar áreas com alta incidência de mosquitos. Aqui estão algumas dicas para se proteger:
- Utilize repelentes próprios para sua pele e ambiente.
- Instale telas de proteção em janelas e portas.
- Use roupas que cubram a maior parte do corpo.
- Evite acúmulo de água parada, que serve de criadouro para os mosquitos.
O tratamento da Febre do Oropouche consiste principalmente em repouso e hidratação. Caso apresente os sintomas, procure uma unidade de saúde para receber orientação adequada.