Israel lançou ataques em mais de 10 áreas no sul do Líbano, disse um porta-voz do exército, horas depois que o Hezbollah lançou mais de 50 foguetes e um enxame de drones, atingindo casas nas Colinas de Golã anexadas por Israel e ferindo uma pessoa.
Aviões de guerra israelenses atingiram depósitos de armas, edifícios militares e um lançador usado pelo Hezbollah em uma operação noturna, Porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), Daniel Hagari disse na quinta-feira.
O Hezbollah disse que seu ataque na quarta-feira foi em resposta a um ataque israelense no interior do Líbano na terça-feira à noite, que matou uma pessoa e feriu 19.
A resposta de Israel ao grupo militante libanês ocorreu horas depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, usou um telefonema para pressionar o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sobre a urgência de selar um acordo para uma trégua em Gaza e a libertação de reféns, de acordo com um relatório da Casa Branca.
A ligação entre os líderes, da qual a vice-presidente Kamala Harris também participou, viu Biden enfatizar a Netanyahu “a urgência de concluir o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns e discutir as próximas negociações no Cairo para remover quaisquer obstáculos restantes”, disse um comunicado da Casa Branca.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se encontrou com mediadores do Egito e do Catar na terça-feira, enquanto o Hamas e Israel jogavam água fria em qualquer perspectiva de uma pausa iminente nos combates em Gaza.
O gabinete de Netanyahu disse em um comunicado: “Israel insistirá na realização de todos os seus objetivos para a guerra, conforme definidos pelo gabinete de segurança, incluindo que Gaza nunca mais constitua uma ameaça à segurança de Israel”.
Negando uma reportagem da televisão israelense, o gabinete do primeiro-ministro disse que Israel não concordou em retirar sua exigência de manter tropas no Corredor Filadélfia, a fronteira entre Gaza e o Egito, uma questão que tem sido um grande ponto de discórdia.
Uma declaração do Hamas disse que seus oficiais, que se encontraram com o chefe da Jihad Islâmica Palestina sobre o progresso nas negociações, reiteraram as principais demandas do Hamas. Estas incluem o fim da operação de Israel em Gaza, uma retirada israelense completa e um acordo para trocar reféns israelenses por prisioneiros palestinos mantidos por Israel.
Enquanto isso, em Gaza, autoridades de saúde palestinas relataram que pelo menos 50 palestinos foram mortos por ataques aéreos israelenses em um período de 24 horas.
O exército israelense disse que jatos atingiram cerca de 30 alvos em todo o enclave, incluindo túneis, locais de lançamento e um posto de observação. Ele disse que as tropas mataram dezenas de combatentes armados e apreenderam armas, incluindo explosivos, granadas e rifles automáticos.
A campanha militar de Israel matou mais de 40.000 pessoas em Gaza desde outubro, de acordo com autoridades de saúde palestinas. A guerra começou em 7 de outubro, quando homens armados do Hamas invadiram comunidades e bases militares israelenses, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250 reféns, de acordo com contagens israelenses.
A Reuters contribuiu para esta reportagem
